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segunda-feira, 27 de junho de 2011

Chocolate sem medo


       Eu amo chocolate, não consigo passar um dia sem, e acredito que assim como eu existam outras pessoas fissuradas por ele, rs. Então pesquisei algo, e encontrei este artigo de Paloma Oliveto no site do Correio Braziliense, mas lembre-se tudo com moderação.
       Comer chocolate pode fazer os ponteiros da balança subirem, mas tem também suas vantagens. Diversas pesquisas mostram que o doce tradicional da Páscoa faz bem à saúde, graças às substâncias de sua composição, como o cacau, rico em antioxidantes e um aliado contra o envelhecimento precoce e os problemas cardiovasculares.


           A má notícia é que não vale exagerar na dose nem se lambuzar com chocolates adocicados, preparados ao leite. São os amargos, mais escuros, que contêm quantidades expressivas de flavonoides e ácido gálico, substâncias de nome estranho, mas essenciais para a saúde cardiovascular e, como sugerem algumas pesquisas, importantes na prevenção de tumores malignos. Também há evidências de que esses componentes ajudam a combater a hipertensão e a amenizar o estresse emocional. “Quando se fala que chocolate pode fazer bem à saúde, é em relação ao que contém mais cacau. É o cacau, não o chocolate, que tem essas propriedades. Enquanto o amargo, que tem mais cacau, possui 100mg de flavonoides, o ao leite tem metade disso”, lembra a nutricionista funcional Carina Tafas.

Laura é chocólatra assumida, mas adora os amargos: preferência certeira (Carlos Silva/Esp. CB/D.A Press)

          Os estudos também mostram que, enquanto pode ser um inimigo de quem quer emagrecer, o chocolate é um aliado para agilizar o raciocínio, melhorar o humor e combater a depressão. A combinação de massa de cacau, sacarose e manteiga de cacau abastece o organismo com gordura, carboidrato, cálcio, ferro, potássio, cobre, manganês, magnésio, vitaminas E e B, cafeína, feniletiamina e teobromina, sendo que essas duas últimas ajudam a estimular o raciocínio. Além disso, o chocolate aumenta os níveis de serotonina e endorfina no cérebro, tendo como consequência as sensações de bem estar e disposição. Segundo Carina Tafas, uma dose diária de 50g, o equivalente a dois quadradinhos de uma barra, não compromete o regime e traz benefícios para a saúde.

“Dieta”

A odontóloga Laura Jordão Silveira dos Santos, 36 anos, não passa um dia sem chocolate. “Sou daquele tipo que acha que sobremesa sem chocolate não é sobremesa”, diz. Quando engravidou, foi a uma nutricionista, que recomendou a ingestão do tipo amargo. “Como a minha preferência sempre foi pelos amargos e escuros, não teve problema nenhum. Quanto menos açúcar, mais gostoso”, acredita.

Para o neurologista Gustavo Saposnik, do St.Michel´s Hospital, de Toronto, a guloseima contribui para diminuir o risco de enfartes. Ele é um dos autores de uma pesquisa que será apresentada no próximo mês, no congresso da Academia Americana de Neurologia, que descobriu uma forte ligação entre o consumo do chocolate e índices mais baixos de ataques cardíacos. Também foi constatado que, entre os adeptos do doce, o risco de morrer é menor, mesmo depois de um enfarte.

O estudo do qual Saposnik participou teve duas etapas. Na primeira, os pesquisadores chegaram a uma estatística bastante favorável ao chocolate. Foram 44.489 participantes, que comiam uma porção de 50g do doce por semana. Comparando-se ao restante da população, eles apresentavam 22% menos chances de sofrer ataques do coração. A segunda etapa estudou 1.169 pessoas, que também comiam 50g de chocolate por semana. A diferença é que, nesse segundo momento, a ideia era conferir o risco de morrer depois de um enfarte. Nesse grupo, o risco foi 46% menor, em relação às pessoas que não costumam comer o doce.

“Continuamos a investigar a correlação entre o chocolate e o risco de enfarte”, disse o médico ao Correio. “Esses primeiros dados são interessantes, mas precisamos determinar se o consumo de chocolate realmente diminui os riscos de ter um ataque, ou se o benefício é apenas para pessoas que são mais saudáveis do que a média da população”, ressalta. Porém, ele diz que, apesar da necessidade de mais estudos, “sabemos que o chocolate é rico em antioxidantes, e que por isso pode ter realmente um efeito positivo na prevenção dos ataques cardíacos”, diz.

Anti-inflamatório

A relação entre o consumo do chocolate e as doenças cardiovasculares também foi estudada na Itália, pela Universidade Católica de Campobasso, em associação com o Instituto Nacional do Câncer de Milão. O estudo, publicado no jornal da Sociedade Americana de Nutrição, foi feito com 20 mil habitantes, e teve como objetivo enfocar o complexo mecanismo de inflamação, fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. De acordo com os pesquisadores, manter o processo inflamatório sob controle é a melhor forma de prevenção contra esses males.

“Partimos da hipótese de que as grandes quantidades de antioxidantes presentes nas sementes de cacau, em particular os flavonoides e outros tipos de polifenóis, poderiam ter efeitos benéficos no combate ao processo inflamatório. Os resultados foram encorajadores: as pessoas que consumiam quantidades moderadas de chocolate preto tinham níveis muito menores de proteína C-reativa no sangue”, explicou ao Correio Romina di Giuseppe, principal autora do estudo. Essa proteína surge no plasma quando há evolução de processos inflamatórios, e sua presença está associada à trombose coronariana e a placas obstrutivas de gordura. Entre os pacientes estudados, 17% dos que comiam chocolate tinham menor taxas de proteína C-reativa. O percentual parece pequeno, mas, de acordo com Romina, é o suficiente para reduzir entre 1/3 (mulheres) e 1/4 (homens) os riscos de doenças cardiovasculares. Mas ela avisa: a quantidade ideal de chocolate para prevenir os males é 6,7g por dia.

O excesso de chocolate, mesmo amargo, deve ser evitado não só por questões estéticas, mas devido ao fato de algumas substâncias presentes no cacau, como cafeína, açúcar e oxalata, inibirem a absorção de cálcio. “Quem consome muito chocolate ao longo da vida costuma sofrer de osteoporose mais tarde”, alerta a nutricionista funcional Carina Tafas. 
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2010/03/27/interna_ciencia_saude,182316/index.shtml
 

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